Convento de Santo António da Convalescença de Lisboa

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GPS 38.74278256506285, -9.17366277846394

Localizado na freguesia de São Domingos de Benfica em Lisboa, o Convento de Santo António da Convalescença foi fundado em 1640, mas só em 1650 nele teriam entrado os primeiros religiosos.

Construído no local chamado da Cruz da Pedra, serviu durante muitos anos de hospício a religiosos enfermos que, depois de curados na enfermaria do Convento de Santo António dos Capuchos, ali se recolhiam para convalescerem, sempre assistidos por outros religiosos.

A Igreja do Convento servia também de Panteão da Família Sousa Coutinho, quando, em 1755, foi arrasada pelo Terramoto.Reconstruída após o terramoto, viria a ser demolida já no século XX.

Uma das particularidades deste edifício prende-se com o facto do corpo principal do mesmo ser forrado a azulejos distintos dos das suas duas laterais, o que lhe confere uma certa originalidade.

De salientar que a grande maioria destes azulejos encontram-se em perfeito estado de conservação, o que se vem tornando muito raro em Lisboa.

Neste antigo Convento estiveram instaladas duas escolas: a Escola Técnica Elementar de Pedro de Santarém e a Escola Preparatória Professor Delfim Santos.

Em 2023 encontrave aí instalada a Universidade Internacional.

O Convento era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província de Santo António.

Fotos antigas
Fotos antigas

Também era conhecido por Convento da Cruz da Pedra de Benfica, e por Convento de Santo António da Convalescença de Benfica.

  • Em 1640, foi fundado como hospício, por iniciativa do correio-mor do reino Duarte Gomes da Mata, que tornou o novo cenóbio patronato dos correios-mores do reino

  • Em 1720, passou a convento.

  • Em 1746, foi reedificado.

  • Em 1785, residiam no convento 25 religiosos.

  • Em 1790, o convento deixa de ser patronato dos correios-mores do reino, sendo seu último patrono Manuel da Maternidade da Mata de Sousa Coutinho, conde de Penafiel.

  • Em 1822, residiam no convento 10 religiosos.Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.

Arquivo historico

Em 1865, a 20 de Junho, em virtude das Portarias de 26 de Novembro de 1863 e de 24 de Agosto de 1864, foram transferidos do cartório da Direcção Geral dos Próprios Nacionais para o Arquivo da Torre do Tombo, os documentos pertencentes aos extintos Conventos de São Domingos de Benfica e de Santo António da Convalescença, descritos na relação assinada por António Manuel Garcia, 2.º oficial arquivista do Arquivo da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, e por Roberto Augusto da Costa Campos, oficial diplomático da Torre do Tombo.

Em 1883, a 9 de Maio, em virtude da Portaria de 20 de Março de 1865, do Ministério da Fazenda, foram transferidos do cartório da Repartição da Fazenda do Distrito de Lisboa, para o Arquivo da Torre do Tombo, os livros e documentos do Convento de Santo António dos Capuchos de Lisboa e de outros da mesma Província descritos na relação assinada por Eduardo Tavares, delegado do Tesouro, e por Roberto Augusto da Costa Campos, ajudante do oficial maior da Torre do Tombo.

Em 1894, a 14 de Maio, foram enviados pela Direcção-Geral dos Próprios Nacionais à Torre do Tombo, os documentos descritos na relação assinada por A. J. Campos de Magalhães e por Roberto Augusto da Costa Campos, inspector dos arquivos públicos.

A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no final da década de 1990, empreendido por técnicos da Torre do Tombo e por investigadores externos. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. Desta intervenção resultou o facto de cada ordem religiosa passar a ser considerada como grupo de fundos, e simultaneamente como fundo, constituído a partir da documentação proveniente da casa-mãe ou provincial, alteração esta que provocou a alteração de cotas nos fundos intervencionados.

Foram constituídas séries documentais segundo o princípio da ordem original sempre que possível (com base em índices de cartórios quando existentes), correspondendo à tipologia formal dos actos, e que, na generalidade, é documentação que se apresenta em livro. A documentação que se encontra instalada em maços foi considerada como uma colecção ao nível da série, com a designação de 'Documentos vários', não tendo sido objecto de intervenção.

Lista completa de Geochaching abaixo:

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