Sejam bem-vindos a mais um artigo da série Pílulas Degeneradas!
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Tokens airdropados no final do ano tem 75% de perda em seu valor
Desde o fim de 2021, protocolos tem realizado o airdrop de diversos tokens a usuários. Open DAO, fees.wtf e GasDAO lançaram seus tokens inserindo critérios de elegibilidade específicos para cada um deles.
A Open DAO, busca construir uma DAO entre os detentores de SOS. Aproveitando o descontentamento dos usuários com a Opensea em não realizar um airdrop e ter flertado com a realização de um ICO, a OpenDAO tornou elegíveis para o recebimento de seu token todos aqueles que negociaram NFTs no marketplace até 23 de dezembro.
A Gas DAO - GAS - e fees.wtf - WTF - compartilharam o desejo de atingir um público ainda mais abrangente: todos os usuários da Ethereum que realizaram transações na rede. Com as altas taxas devido aos problemas de escalabilidade da Ethereum e o uso constante da blockchain, os dapps droparam seus tokens baseando-se na quantidade de gas fee dispendida pelos usuários.
Quando lançados os tokens - SOS, GAS e WTF - um hype foi criado e todos desejavam receber o airdrop e realizar o stake nas pools de liquidez com APYs de 1000%. Porém, os dapps viram seus tokens obterem uma depreciação no seu valor de ~75%. A queda considerável tem sido justificada pela ausência de utilidade e o desejo dos usuários de apenas trocá-lo para ativos com maior valor intrínseco.
Para tokens adquirirem valor, é necessário existir um racional para sua existência. Um bom exemplo é a Looks Rare: um marketplace com a proposta de ser governado pela comunidade. Distribuiu LOOKS para usuários que negociaram mais de 3 ETH no Opensea e, para recebê-lo, era necessário listar um NFT em sua plataforma.
A ideia de descentralizar um marketplace é uma ideia atrativa a comunidade cripto e o uso do LOOKS para fomentar novas ideias nesse setor cativou os usuários. Desde o airdrop, seu token acumula uma valorização de ~212%.
Hackers invadem Crypto.com e corretora tem perdas estimadas em 15 milhões de dólares
A exchange com base em Singapura é 8ª maior corretora centralizada do mundo. Tem investido recorrentemente em propagandas com atores de Hollywood, patrocínios de Fórmula 1 e adquiriu os direitos sobre a proprieadade do nome de um estádio de futebol americano nos EUA por $700M de dólares.
No dia 17 de janeiro a corretora suspendeu os saques, alegando atividades suspeitas em sua plataforma. Gradualmente, começaram a surgir relatos de usuários alegando fundos retirados indevidamente de suas contas e reclamações quanto a falta de informações sobre a motivação pelo bloqueio dos saques. Pouco depois, a empresa de análise de dados e blockchain Peck Shield Inc. trouxe clareza sobre o ocorrido: ao menos 4600 ETH - ~15 milhões de dólares - sido subtraídos da Crypto.com por hackers. O dinheiro não só fora roubado e enviado a Ethereum, mas enviado ao Tornado Cash, famoso mixer utilizado por usuários para manter a privacidade em suas transações:
A corretora ainda não pronunciou-se sobre o ocorrido, mas seu CEO informou no Twitter que os fundos os criptoativos dos usuários não foram afetados com o hack e comprometeu-se a apresentar um relatório completo após o fim das investigações internas.
Rio de Janeiro analisa aplicar 1% de seu tesouro em criptomoeda
Durante a abertura da Rio Innovation Week, Eduardo Paes discursou e falou sobre o município do Rio de Janeiro estar estudando a possibilidade de aplicar 1% de seu Tesouro em criptomoedas. Paes também mencionou a ideia de criar a Crypto Rio, com a intenção de inserir a capital carioca entre as cidades no mundo que abraçaram a cripto-cultura.
Segundo a Secretaria Municipal da Fazenda e Planejamento, a criptomoeda poderá ser utilizada como meio para conseguir descontos no pagamento de tributos, concedendo benefícios fiscais aos seus detentores.
Visando fomentar o uso da tecnologia, o Rio de Janeiro segue na esteira de Miami, primeira cidade americana a lançar uma criptomoeda municipal e seu prefeito recebe o salário em BTC.
A adoção de criptoativos por entidades estatais ainda esbarram em regulamentações burocráticas e inadequadas, ausentes de clareza quanto as formais legais de utilização. A construção de um arcabouço jurídico sobre o tema, com participação da sociedade, entidades do meio privado e academia é ação necessária para a evolução do cenário brasileiro no mundo cripto.
Essas foram as Pílulas Degeneradas de hoje 💊
E não se esqueça: quinta-feira temos o Laboratório DeFi com experiências práticas em protocolos degenerados 🧪
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Autor: guiriba, copywriter no LatAm Labs da ShapeShift, pesquisador e degen. Escreve, a priori, sobre DeFi, NFTs and DAOs.
Esse artigo não é um conselho de investimento , mas apenas um boletim informativo com conteúdo estritamente educacional e não é um ou uma solicitação para comprar ou vender quaisquer ativos.
