Desenvolvido com a técnica stop-motion e finalizado com a ajuda da computação gráfica, o filme retrata a relação de amizade entre uma menina australiana de 8 anos e um Nova-iorquino de 44.
A história apresenta temas fortes como suicídio, desemprego, obesidade e alcoolismo. Retrata de forma descontraída com algumas cenas melancólicas as dificuldades do dia a dia.
Alguns críticos não foram muito receptivos, o que não parece refletir a opinião da maioria dos espectadores. Eu gostei do estilo técnico, da história e forma como foi abordado o tema, me pareceu inteligente e criativo. Se você ainda não assistiu, vale dar uma conferida.
Basicamente a história gira em torno de dois personagens. Mary Dinkley que é uma menina de oito anos gordinha e solitária que não tem amigos e que vive no subúrbio de Melbourne, na Austrália. Max Horovitz é um personagem judeu de 44 anos que tem Síndrome de Asperger (um tipo de autismo) e vive sozinho na cidade de Nova York. Ignorada pelos familiares, Mary escreve uma carta para um endereço aleatório nos Estados Unidos com o intuito de matar a sua curiosidade sobre a origem dos bebês. Assim, alcançando dois continentes, ela conhece Max, que apesar da diferença de 20 anos em suas idades, acabam descobrindo paixões em comum e continuam se correspondendo por quase duas décadas.
A animação passa ao espectador uma impressão de ambiente depressivo, tanto no tom, como no visual, proporcionando maior dramaticidade ao conteúdo da narrativa.
O filme permite estimular o debate sobre diversos temas, entre eles, a atenção infantil e algumas perspectivas do âmbito das doenças mentais, entre outras questões.
É possível encontrar alguns recortes no Youtube.