A partir da década de 40 se propagou estudos acadêmicos na intenção de identificar a quantidade de álcool no sangue humano. Na imagem acima, o Dr. Kurt M. Duboski, do Norwalk Hospital, obtém uma amostra do fôlego de Harry Stevenson, um estudante voluntário que acaba de consumir uísques. Esse tipo de experimento foi o precursor do bafômetro.
É conhecido pelo nome de bafômetro o aparelho que permite medir a concentração de bebida alcoólica em uma pessoa, por meio da análise do ar exalado dos pulmões. O bafômetro é resultado de experiências iniciadas na década de 40 com dispositivos para análise de álcool no organismo humano, para uso pela polícia. Em 1954, o Dr. Robert Borkenstein da polícia do estado de Indiana inventou o primeiro bafômetro, o tipo de dispositivo de testagem de álcool usado ainda hoje.
O conceito fundamental por trás do funcionamento do dispositivo está na ideia de que o álcool que toda pessoa ingere aparece no hálito porque é absorvido pela boca, garganta, estômago e intestinos, e é absorvido pela corrente sanguínea. Apesar de ser absorvido, o álcool não é digerido após a absorção e nem sofre modificações químicas no sangue. Ao passar pelos pulmões, o sangue deixa parte do álcool nas membranas dos alvéolos (pequenos sacos de ar dos pulmões). A concentração de álcool no ar alveolar é proporcional à concentração de álcool no sangue, e à medida que o álcool do ar alveolar é exalado, pode ser detectado pelo bafômetro.
O bafômetro ganha relevância na medida em que os efeitos da bebida alcoólica sempre apresentaram problemas quando combinados com atividades complexas. O álcool produz alteração na capacidade de raciocínio com perda de julgamento da realidade e perda dos reflexos, entre outros problemas. No trânsito brasileiro, anualmente centenas de pessoas alcoolizadas provocam acidentes e mortes.
Este tipo de estatística coloca a invenção do bafômetro como fenômeno relevante na fiscalização e prevenção de acidentes. Muitas pessoas não são capazes de se controlar diante do desejo de consumo de álcool. Isso ocorre devido ao álcool provocar mudanças na forma como o cérebro processa as sensações, gerando em alguns casos dependência ao álcool.