A ideia de um carro voador funcional não é recente — remonta a 1949, quando o Convair Model 118, também conhecido como "AirCar", foi desenvolvido nos Estados Unidos. Projetado para ser um veículo híbrido entre carro e avião, o AirCar podia ser encomendado por entusiastas da aviação e inovação. Desde então, diversos modelos experimentais surgiram ao longo das décadas, cada um tentando aproximar o sonho da realidade.
Apesar do fascínio, a dupla função de dirigir e pilotar continua sendo algo restrito a poucos. As principais barreiras sempre envolveram a praticidade, segurança, infraestrutura adequada e a regulamentação do espaço aéreo. Ainda hoje, com os avanços tecnológicos, essas questões continuam sendo os maiores desafios para a viabilidade em larga escala dos carros voadores.
Contudo, o progresso nas áreas de propulsão elétrica, materiais leves e resistentes, e principalmente da inteligência artificial tem sido notável. Em 2025, empresas como Alef Aeronautics, Joby Aviation, Lilium, e XPeng AeroHT estão na vanguarda, desenvolvendo protótipos e até recebendo autorizações provisórias de voo em alguns países.
Especialistas apontam que apenas com sistemas autônomos avançados e conectividade aérea em tempo real — como tráfego aéreo gerido por inteligência artificial — será possível garantir a segurança e escalabilidade da tecnologia. A integração desses veículos ao ambiente urbano exige uma reestruturação completa da mobilidade urbana e das leis de tráfego aéreo.
Entre os destaques atuais está o PAL-V Liberty, um dos primeiros carros voadores com projeto comercial aprovado. Ele combina elementos de motocicleta com um girocóptero (semelhante a um helicóptero), e já possui certificações na Europa. O veículo representa um marco por ser relativamente mais prático e próximo da aplicação cotidiana do que seus predecessores. Acesse o site oficial do fabricante aqui.
Apesar de ainda estar longe de ser acessível para o público em geral, o carro voador deixa de ser apenas ficção científica e começa a se consolidar como uma promessa real para o futuro da mobilidade. O caminho até os céus urbanos é desafiador, mas o voo já começou — e o progresso é inegável.