O sol distante a 150 milhões de quilômetros e com um volume de um milhão de vezes maior que a terra, possui seu diâmetro na casa de 1.392.000 quilômetros. Constituído em sua maior parte por gás Hélio e Hidrogênio, estes aquecidos a 6.000 graus na superfície solar liberam elétrons e formam o chamado “plasma”.
Já no interior do sol, em seu núcleo a temperatura chega a quinze milhões de graus permitindo a ocorrência de reação nuclear.
Um calculo aproximado evidencia que o sol converte em seu interior quatro milhões de toneladas em energia por segundo e gera um média de energia em por volta de 3.860.000.000.000.000.000.000.000.000.000 watts. Para gerar todas esta potencia ocorre muita atividade no interior e na superfície do sol, estas atividades oscilam em períodos com maior e menor intensidade.
Freqüentemente ocorrem as chamadas “explosões solares” que lançam no espaço uma pequena parte de elétrons, energia subatômica e uma série de outras atividades.
Um dos ciclos que possuem interferência marcante na terra é o dos onze anos, conhecido como ciclo das manchas solares. Neste ciclo a cada onze anos a terra é bombardeada em maior intensidade por partículas que influenciam nas telecomunicações e nos aparelhos eletrônicos.
As partículas carregadas ao chegarem na terra sofrem influencia do campo magnético terrestre e mudam sua trajetória acompanhando o sentido das linhas de força terrestres, concentrando-se principalmente nos pólos e emitindo uma luz característica conhecida como Aurora Boreal.
A Aurora Boreal é um fenômeno que pode ser observado freqüentemente próximo aos pólos tendo sua origem em partículas eletrizadas provenientes do sol.
A faixa de freqüência mais afetada pela tempestade solar está nas ondas curtas, estas se beneficiam da ionosfera para sua propagação e quando a tempestade chega é na ionosfera onde ocorre maior concentração de partículas.
Estas partículas eletrizadas podem gerar ruídos elétricos em toda a faixa de rádio, podendo aparecer em linhas telefônicas comuns e também em outros sistemas elétricos.
Através da radioastronomia, (Estudo dos astros/espaço pela observação das freqüências de rádio) é possível monitorar as estrelas, incluindo o sol.
Uma freqüência bastante usada por astrônomos amadores é a de 137Mhz, é comum entre os estudiosos do assunto a modificação de rádios FM para a freqüência acima na intenção de captar as emissões solares que ocorrem em grande quantidade nesta faixa de freqüência. Assim estes pesquisadores “escutam” o sol.
As ondas de rádio geradas pelos eventos solares levam entre oito a dez minutos para percorrer o espaço entre o sol e a terra, já os efeitos da eletrização ocorrem em várias horas depois das emissões, estes eventos são mais lentos demorando horas para chegar a terra.
Independente do ciclo de onze anos, diariamente a terra recebe interferências relacionadas aos eventos solares, porém em menor intensidade.
Os colegas radioamadores que transmitem em ondas curtas conhecem bem este fenômeno e programam suas transmissões conforme previsões sobre as tempestades solares, algo semelhante às previsões do tempo.
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