Dessalinização envolve a remoção do sal da água para torná-la potável. Existem várias maneiras de dessalinizar e isso não é uma ideia nova. Marinheiros têm utilizado a evaporação solar para separar o sal da água já faz muito tempo. Embora seja uma técnica bastante conhecida, o processo para dessalinizar em grande escala sempre esteve associado com elevados custos.
Em geral se usam os métodos de destilação, evaporação e eletrodiálise.
Todos estes métodos são caros, por isso, historicamente o processo de dessalinização só tem sido utilizado como alternativa onde outros métodos falham. Com a explosão da demanda mundial por água potável, pesquisas para tornar a dessalinização viável economicamente têm sido motivadas em diversas regiões do planeta. As investigações e desenvolvimentos neste tema é um processo relativamente novo, mas algumas conquistas já foram realizadas.
No Brasil a empresa Aquamare, criou um processo de dessalinização que transforma água do mar em água potável. Sob a marca H2Ocean, o produto está sendo exportado para os Estados Unidos, onde foi homologado pela Food and Drug Administration (FDA), agência responsável por atestar a qualidade de alimentos e remédios.
O Pacific Institute criou um relatório alertando para alguns riscos ambientais na prática da dessalinização. Entre estes riscos está o choque ambiental se não forem criadas rígidas regras de monitoramento e gerenciamento da sal que resultem no processo de dessalinização. Muitas usinas devolvem ao mar o sal que, em grande quantidade, pode afetar a vida marinha.
Outro alerta consiste no uso de elevado consumo de energia para o processo de dessalinização, este elevado consumo pode acelerar o efeito estufa. A sugestão neste caso estaria no uso de energias renováveis para alimentar o processo de dessalinização.
O uso da dessalinização parece estar crescendo e pode se mostrar uma eficiente solução ao problema da falta de água, mas é preciso ser observadas certas condutas para não agredir o ambiente, afirmam os cientistas.