O Journal of Neuroscience descreve a descoberta de uma molécula que é central para o processo pelo qual as memórias são armazenadas no cérebro.
O cérebro é composto por neurônios que se comunicam entre si através de estruturas chamadas sinapses, que podem variar em força. Uma sinapse forte tem um grande efeito sobre a sua célula-alvo enquanto uma sinapse fraca tem pouco efeito.
Segundo o professor John Lisman, a pesquisa se baseia em estudos anteriores que mostram que as mudanças na força dessas sinapses são fundamentais no processo de aprendizagem e memória.
"É agora claro que a memória não é codificada pela mudança no número de células no cérebro, mas sim por mudanças na força de sinapses", diz Lisman. "Você pode realmente ver agora que, quando a aprendizagem ocorre, algumas sinapses se tornam mais fortes e outras se tornam mais fracas."
Os estudos avançaram ao ponto de ser possível apagar a memória através do uso de um produto químico conhecido como NC-19. Sinalizando a possibilidade de manipulação da memória em nível bioquímico.
Lisman afirma que ao entender a memória no nível bioquímico o impacto poderá ser enorme, "Você tem que entender como funciona a memória antes que você possa entender as doenças da memória."