Para Hartmut Rosa, a ressonância é o próprio processo por meio do qual somos formados como sujeitos e por meio dos quais o mundo que encontramos e experimentamos é constituído. Em outras palavras, somos uma produção complexa que emerge dos fenômenos que nos conectamos, ainda que involuntariamente.
Nesse sentido, ressonância é um fenômeno que não pode ser produzido artificialmente, acontece na complexidade da existência humana e pode ser entendida como fundamento das relações humanas bem-sucedidas com o mundo. Se a ressonância humana é aquilo que dá sentido e satisfação, o seu contrário pode ser entendido como alienação ou reificação. Na alienação, o sujeito e o mundo se colocam um ante o outro, desconectados, não reconhecíveis entre si, reificados.
Nesse sentido, alienação ou reificação é possibilidade para o adoecimento psicológico das pessoas e da própria sociedade. Entre as diversas reflexões propostas por Hartmut Rosa, é possível interpretar que a aceleração da sociedade, com pessoas cada vez mais atarefadas, sem tempo para sí, sem conseguir se conectar de forma responsiva e mais profunda com o mundo e seu entorno, podemos nos tornar enquanto sociedade, um conjunto de pessoas cada vez mais insensíveis, superficiais e ansiosas, nessa perspectiva, pessoas reificadas ou alienadas.
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