O desejo humano de encontrar novas amizades, socializar por afinidades e trocar ideias é uma característica marcante da nossa espécie. Ao longo da história, temos utilizado a tecnologia de cada época para alcançar esses objetivos e expandir nossos círculos sociais.
Desde o surgimento da prensa de Johannes Gutenberg no século XV, a criação e distribuição de livros foram aperfeiçoadas, facilitando a formação de grupos temáticos como a "Bluestocking Society" na Inglaterra do século XVIII. Esse grupo desafiou normas sociais ao reunir mulheres intelectuais para discutir literatura e filosofia, sendo visto como precursor do movimento feminista.
Outro exemplo notável é o Círculo de Viena das décadas de 1920 e 1930, que influenciou profundamente a filosofia da ciência com o positivismo lógico.
Com o avanço das tecnologias de comunicação, como os transceptores e a internet, surgiram novas formas de agrupamentos sociais. Os radioamadores e a faixa do cidadão exploraram o potencial das ondas de rádio para conectar pessoas em todo o mundo, enquanto as redes sociais digitais modernas, iniciadas com o Six Degrees em 1997, revolucionaram como interagimos e formamos comunidades online.
Atualmente, vemos redes sociais especializadas, como as dedicadas a homenagear os falecidos ou a apoiar os idosos, como Respectance e Sioslife, respectivamente.
Diante dessas transformações tecnológicas, surge a questão das consequências da inteligência artificial sobre os grupos por afinidade. Estaremos caminhando para um futuro onde as amizades se tornarão predominantemente virtuais, afastando-nos da histórica busca por conexões humanas significativas?
O futuro, permeado pela incerteza, nos desafia a adaptar-nos sem perder o valor do contato humano.
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