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GPS 38.63713665039086, -9.137057073218074
A Quinta da Princesa situa-se na parte mais ocidental da histórica e aristocrática freguesia de Amora. Estende-se por largas dezenas de hectares, entre Sapal de Corroios, Quinta do Talaminho, Quinta do Palácio do Infante, Quinta da Bela Vista, Muxito e Santa Marta.
A Quinta da Princesa, no seu sétimo século de história, teve até hoje os seguintes e distintos proprietários:
(1350-1384) - Judeu David Negro, Almoxarife de El- Rei D. Fernando I
(1384-1400) - D. Nuno Álvares Pereira, tendo a mesma lhe sido doada por El- Rei D. João I
(1400-1430) - D. Brites Pereira, filha de D. Nuno Álvares Pereira e casada com D Afonso, 1° Duque de Bragança, filho de D. João I
(1430-1654) - Casa de Bragança
(1654-1750) - Casa do Infantado, fundada por El- Rei D. João IV
(1758-1761) - José Borges de Brito (estava vinculada a uma capela da Igreja da Amora fundada por um Cosme Antunes em 1593)
(17??-1829) Infanta D. Maria Francisca Benedita de Bragança, filha de D. José I e irmã de D. Maria I
(1829-1836) - Hospital dos Inválidos Militares de Runa
(1836-1876) -Infanta D. Isabel Maria de Bragança, filha de D. João VI e da Rainha Carlota Joaquina
(1876-1877) - Colégio os Missionários Ingleses de S. Pedro e S. Paulo
(1877-1889) - Infante D. Augusto de Bragança, Duque de Coimbra, filho de D. Maria II
(1889-1909) - D. Afonso Duque do Porto, filho de El- Rei D. Luís e irmão de D. Carlos I
(1909-1911) - Rainha D. Maria Pia de Savoia e Bragança
(1911-1932) - D. Manuel II, último rei de Portugal, Duque de Bragança
(1932-1942) - Rainha D. Amélia de França e de Bragança
(1942-2006) - D. Ana de Jesus, bisneta da Infanta D. Ana Maria de Bragança e seus herdeiros
(2006 -?) - Eng.° Ribeiro Ferreira e seus herdeiros.
Conjunto arquitectónica
O património construído da Quinta da Princesa é constituído por um conjunto arquitetónico, onde se destaca a casa senhorial, utilizada para repouso e caça por nobres e fidalgos.
Do mesmo conjunto, fazem parte ainda a capela de Nossa Senhora da Conceição e as instalações anexas, próprias duma quinta agrícola da sua importância.
Esta quinta, em meados do século XX, tinha em plena laboração dois lagares de vinho, um aqueduto e dois grandes tanques para rega.
Para o gado existia adegaria, curral, cavalariças e pocilgas.Não faltava a eira e o celeiro.
Um conjunto de casas baixas, a cardosa, servia de abrigo e residência a trabalhadores rurais, que para aqui migravam, vindos da Beira Litoral, os "Caramelos".
A casa do feitor ou do caseiro salientava-se pelo primeiro andar.
Para além dos cereais diversificados, da vinha, da oliveira e dos citrinos, muitas outras culturas agrícolas se faziam, sendo de referir: a batata, a ervilha, a fava, o feijão, o grão-de-bico, o melão, as hortaliças e legumes diversos ou mesmo o tremoço e o amendoim.
Hoje, grande parte desta atividade agrícola cessou, mantendo-se, no entanto, importantes testemunhos de uma das maiores, mais bonitas e aristocráticas quintas da Margem Sul do Tejo.
A maior parte das construções ainda existentes são do século XVIII, (1747), tendo, no entanto, esta quinta sofrido obras, acrescentos e remodelações ao longo dos séculos, incluindo as últimas, que foram feitas já em meados do século XX, pelo Senhor Eng.° Ribeiro Ferreira e sua esposa, Sra. D. Ana de Jesus.
Lista completa de Geochaching abaixo: