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GPS 38.703768826539815, -9.402250246654205
Construída sobre as ruínas de um antigo forte do século XVII que tomou o nome de uma primitiva ermida com invocação de S. Roque, a moradia, encomenda de Carlos Francisco Ribeiro Ferreira, foi gizada por Raul Lino em 1902. No entanto, viria a ser bastante ampliada em 1914, com projeto do mesmo arquiteto.
O edifício, que na sua génese era de menores dimensões, possuía dois corpos virados a sul: um de transição, marcado por uma deliberada assimetria de vãos e outro de telhado de quatro águas, bastante pronunciado, sugerindo o torreão tão típico dos chalets de veraneio, a que se adossa grande varandim panorâmico, hoje envidraçado, voltado ao oceano.
Da intervenção de 1914 destacam-se as garagens, transformadas posteriormente em moradias, cujas entradas são monumentalizadas por dois painéis de azulejos, alusivos a S. Roque e S. Cristóvão, obra do artista Pereira Cão. Também da mesma data é o volume de planta octogonal coberto com duplo telhado e que o arquiteto designou no seu projeto como pavilhão anexo à casa principal.
A casa expressa os modelos propostos por Raul Lino para a criação moderna da “casa portuguesa”, afirmada no fracionamento dos corpos, desmultiplicando as fachadas e as coberturas, nos alpendrados, no branco das fachadas marcadas por vãos, de pequena dimensão, com molduras em cantaria e na utilização de azulejos decorativos com composições de registos religiosos.
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