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GPS 38.697529198388004, -9.418438504301367
A construção do Forte de Santa Catarina (Hoje Palácio do Seixas / Messe da Marinha) é contemporânea à do Forte da Conceição, da muralha da praia ou cortina de atiradores e ainda o parapeito que ligava aos baluartes do Forte de Santa Marta, da Praia da Ribeira e, naturalmente, da Cidadela, todos construídos seguindo projetos da época filipina para reforço da recente reconquista da independência.
Quando o Forte de Santa Catarina perdeu a seu interesse militar foi adquirido em hasta pública, em 1916, por Aires de Ornelas que aqui habitou até 1920 data em que Henrique Maufroy Seixas a adquiriu aos herdeiros.
As obras do Palácio do Seixas iniciaram-se ainda em 1920 mas foram embargadas pelos proprietários da vizinha Casa de D. Pedro (escritora Maria Amália Vaz de Carvalho e do escritor Luís Gonçalves Crespo) que perderam a sua ligação com o mar, e ficavam “ecafoados”.
Não deixavam de ter razão mas perderam o processo de embargo e as obras acabaram por prosseguir tendo sido concluídas em 1932.
A casa, debruçada sobre a Praia da Ribeira é das mais imponentes de Cascais.
A utilização da pedra aparelhada é a primeira imagem que o imóvel transparece para além do alto coruchéu piramidal que identifica a tipicidade da Arquitetura de Veraneio. No entanto, a morfologia pretendida é a do palácio português de setecentos como se comprova com a solução encontrada para as coberturas e águas furtadas. Mas há também influência dos palácios renascentistas italianos nomeadamente nas varandas, no embasamento e nas coberturas em pedra.
Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962), conhecido como o grande arquiteto das Avenidas Novas de Lisboa, aplicou aqui, em 1920, a sua experiência utilizando livremente várias influências arquitetónicas.
Tem vasta obra por Portugal fora e em Cascais há também vários exemplos: Cocheiras Santos Jorge, Pérgola House, Casa de D. Ema Torre do Vale, Chalet Anita, antigo Hotel Paris, Grande Hotel do Monte Estoril, etc. Sem dúvida uma das figuras mais importantes da arquitetura portuguesa dos primeiros vinte anos do século XX.
O construtor foi Alfredo António de Figueiredo, que se distinguiu também na reconstrução da Igreja dos Navegantes e de inúmeras habitações em Cascais.
Manfroy Seixas deixou esta sua Casa à Marinha em 1945, com usufruto da esposa D. Ilda dos Santos de Seixas, sendo hoje a sede da Capitania do Porto de Cascais albergando ainda a Messe de Marinha.
Lista completa de Geochaching abaixo:
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Curator Body
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