Visualizemos um cenário hipotético: A BlackRock, decidindo dar seu passo audacioso no mundo crypto com um ETF. Se o fizer, vai sacudir as fundações do ecossistema. É preciso lembrar, estamos falando da maior gestora de ativos do mundo, com cerca de 10 trilhões de USD sob sua gestão.
Neste cenário, a BlackRock não apenas lança um ETF de Bitcoin spot, mas também acumula uma quantidade significativa de Bitcoin. A jogada seguinte? Um hard fork hostil para criar seu próprio "Bitcoin da BlackRock" (ou "BBR") com o objetivo de influenciar sua vasta rede de conexões, abrangendo países e corporações.
Como a comunidade responderia a essa provocação? Muitos, provavelmente, se revoltariam, ridicularizando e resistindo a essa incursão. Contudo, a BlackRock possui um poder de compra monumental. Para se ter uma ideia, adquirir cerca de 1% do mercado BTC, avaliado em 30k, custaria a eles 6,3 bilhões - um valor que para um gigante como a BlackRock, equivale a uma gota no oceano.
Além disso, é preciso considerar a luta constante dos reguladores em controlar o espaço cripto. Com a BlackRock em cena, esse jogo se tornaria mais fácil para eles? Se o "BBR" se consolidar, seria um jogo fácil. Se fracassar, ainda assim, um jogo lucrativo.
A essência das criptomoedas reside na liberdade, descentralização e resistência à censura. Mas, qual seria o preço dessa essência? Por quanto, por exemplo, 10% dos usuários estariam dispostos a vender esses valores tão caros?
Sem nos aprofundarmos no universo da Web3 e na influência dos Venture Capitals nos outros 49% do mercado "não bitcoin", é evidente que muitos lucrariam grandiosamente com essa virada, especialmente os pioneiros das criptos. Mas, a que custo? Seria isso benéfico? Ou até mesmo plausível?
Documento completo na SEC