Finanças Tradicionais x Descentralizadas

Olá FOXes

No artigo de hoje fizemos um breve comparativo sobre o universo das finanças tradicionais e o mundo DeFi, mostrando a vocês as vantagens da descentralização e o trade-offs encontrados em dapps espalhados pelas dezenas de blockchains em nosso ecossistema.

Finanças Tradicionais x Descentralizadas: a batalha entre o velho e o novo

Isso quer dizer que produtos e serviços podem ser desenvolvidos e amplamente utilizados sem que precisem responder e atender às regras de um banco central. Além disso, independência de Estados para operar, as livra da necessidade de utilizar uma moeda fiduciária para realizar suas operações, protegendo os usuários de protocolos DeFi da inflação de países.

Mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo não possuem acesso a serviços bancários, com os maiores índices sendo encontrados em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

Utilizando a tecnologia da blockchain, torna-se mais fácil levar uma gama de serviços dinheiro para os mais diversos cantos do mundo, independente da censura, política ou ideologia dos governantes do país. O Bitcoin é uma rede apolítica, que não impede ninguém de adentrar em seu ecossistema.

A Ethereum compartilha do mesmo nível de descentralização, ainda que sua migração para o Proof of Stake tenha feito a comunidade questionar os riscos do oligopólio formado por validadores.

Um dos grandes exemplos que existem nos serviços tradicionais financeiros, transpostos com sucesso no mundo DeFi, foram os empréstimos. Através de protocolos descentralizados, como Aave, usuários podem enviar tokens que desejam emprestar e, por meio de um smart contract, a negociação é intermediada na plataforma. Além de promover o acesso global ao mercado financeiro, os empréstimos descentralizados acabam eliminando riscos jurídicos e burocracias.

Os processos para conseguir uma carta de crédito, por exemplo, envolvem um mutuário que requer um crédito no banco emissor; então o banco define as condições para a realização do empréstimo, com base em perfis como endereço, cor, faixa salarial, nacionalidade e score de crédito no Serasa.

É uma condição imposta pelo banco, onde o tomador de empréstimo é submetido ao crivo de vários requisitos perfilados pelo algoritmo do banco, privando-o do menor risco de calote possível. No entanto, o uso excessivo de informações pessoais, acaba tornando os empréstimos subjetivos e seletivos, afetando aqueles que mais precisam. Além disso, a burocratização pode tornar moroso o processo, a depender da quantia a ser requisitada a instituições financeiras.

No entanto, o preenchimento de todos estes requisitos, unidos a um sistema legal punitivo, os permite fornecer empréstimos sem colateralização, ou seja, basta assinar um papel e conseguir dinheiro emprestado. A série de fatores que conferem segurança aos bancos, os possibilitam ofertar este tipo de produto.

Nas Finanças Descentralizadas há igualmente riscos, mas completamente distintos. Por ser uma tecnologia recente, não há respaldo legal sobre as atividades exercidas e os protocolos confiam no code is law. Deste modo, todos confiam no correto funcionamento dos contratos inteligentes e uma falha pode ser um problema para todos os usuários.

Os principais riscos no universo de Finanças Descentralizadas são:

Volatilidade: Pouca liquidez, esquemas de pump and dump, manipulação de preço.

Bugs em contratos inteligentes ou protocolos

Pressão regulatória sobre os serviços oferecidos por protocolos descentralizados.

Todos eles são considerados por desenvolvedores e balanceados para não incorrer em danos aos usuários.

Comparando com a utilidade fornecida por eles no ecossistema DeFi, vemos vantagens em usufruir de seus produtos frente aos perigos existentes em protocolos descentralizados.

  • Sem obrigatoriedade de KYC para interagir com serviços financeiros
  • Comunidades amigáveis e descentralizadas
  • Acesso 24/7 em qualquer lugar do mundo
  • Ambiente cripto-nativo e dotado de composabilidade, linkando facilmente interligando um protocolo a outro.

É um trade-off que valha a pena.

Mesmo sem a capacidade de ofertar empréstimos sem colateralização para o varejo, a evolução de DeFi nos últimos 2 anos mostrou que ainda há muito a ser desenvolvido neste mercado.

Em pouco mais de 1 ano, a ShapeShift DAO conseguiu descentralizar-se e construir uma comunidade de milhares de pessoas, uma plataforma open source multichain e estar atuante na segurança de chains PoS.

A revolução das Finanças é fundamental para conseguirmos atingir a soberania financeira, usando serviços melhores daqueles encontrados em instituições financeiras tradicionais, mas mantendo nossa privacidade.

Tudo com nossas moedinhas mágicas da internet.

Para você, quais são as vantagens e desvantagens das Finanças Descentralizadas?

Conte-nos em nosso DiscordTelegram e/ou Twitter e ficaremos felizes em ajudá-los!

Autor: guiriba, copywriter no LatAm Labs da ShapeShift, pesquisador e degen. Escreve, a priori, sobre DeFi, NFTs e DAOs.

Esse artigo não é um conselho de investimento , mas apenas um boletim informativo com conteúdo estritamente educacional e não é um ou uma solicitação para comprar ou vender quaisquer ativos.

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