Uma análise sobre: Ethereum

A revolução que as criptomoedas trouxeram ao promover a possibilidade de realizar transferência de valores entre duas partes, sem a necessidade de um intermediário, mudou a forma de pensar e de fazer negócios quando nos referimos à oferta e demanda de um ativo ou passivo qualquer.

A capacidade de envolver menos partes em uma troca ou acordo e automatizar estes processos eleva o nível de segurança e agrega velocidade ao executar uma operação, uma vez que todos esses dados passaram a ser verificados e autenticados com o uso da tecnologia blockchain.

Deste modo, os desenvolvedores da rede Ethereum viram a possibilidade de descentralizar toda a internet.

Fonte: Bitpush
Fonte: Bitpush

A blockchain possui 8 co-fundadores, sendo Vitalik Buterin o mais conhecido deles. Outras figuras importantes no mundo cripto envolvidas na fundação da Ethereum são Gavin Wood - Polkadot - e Charles Hoskinson - Cardano -. Mesmo com outros participantes, Vitalik ganhou maior destaque, por ser o responsável pela criação da faísca inicial para o lançamento do projeto, no final do ano de 2013. Vitalik utilizou do código do Bitcoin como base para criar e publicar o primeiro white paper do protocolo, junto de Gavin Wood.

Logo em 2014, após a publicação da proposta do projeto, os fundadores viram a necessidade de levantar capital através de um financiamento para custear os investimentos iniciais e ter caixa suficiente para distribuir aos desenvolvedores responsáveis pelo projeto. Para isso, realizaram um ICO (Initial Coin Offering - oferta inicial de moeda), modelo semelhante ao utilizando por empresas para captar investimentos ao tornarem-se públicos, mas realizado através da venda de tokens.

Fonte: Ethereum.org
Fonte: Ethereum.org

A iniciativa arrecadou U$18,5M em pouco mais de 1 mês, com a venda de 60M de Ether, custando U$0,31 cada.

Dotada de recursos, somente em 2015 o primeiro bloco da Ethereum seria criado, dando início a escalada de atualizações que a transformaram a rede na infraestrutura das Finanças Descentralizadas.

Durante sua evolução, a Ethereum passou por poucas e boas até tornar-se a principal chain para o mercado descentralizado.

O ataque mais grave ocorreu em 2016, num dos maiores hacks da história da rede. The DAO, a 1ª organização autônoma descentralizada desenvolvida teve 3.6M de ETH roubados de seus contratos inteligentes, cerca de U$50M na época ou 5% do total circulante. A gravidade do ataque, levou a comunidade votar para um fork ser realizado, apagando da história da Ethereum todo o prejuízo sofrido pelos investidores e a falha na implementação da 1ª DAO da história.

Nem todos adotaram o caminho de esquecer o hack da The DAO, continuando uma chain paralela a Ethereum de Vitalik, originando a Ethereum Classic. Estes, pregaram que a modificação rede abririam precedentes para macular a imutabilidade da blockchain, botando o riscos a todos.

Nos anos seguintes, a rede tornou-se palco de revoluções na criptoeconomia: o boom dos aplicativos descentralizados, a cripto-arte, as comunidades construídas organizadas através de contratos inteligentes… todas elas quebraram paradigmas e erigiram uma nova realidade para o mundo.

A Ethereum apenas conseguiu suportar as inovações que surgiram com os upgrades realizados desde sua concepção, aumentando o seu nível de segurança, escalabilidade e agregando mais casos de uso para a rede.

Dentre as principais atualizações realizadas nos últimos anos na blockchain, podemos mencionar:

  • Constantinopla: atualização responsável por reduzir a recompensa do bloco ao minerador de 3 para 2 ETH;
  • Istambul: Hard fork realizado para redefinir as vantagens que os mineradores que utilizavam ASICS tinham sob outros que forneciam poder computacional apenas com o uso de GPUs. O algoritmo denominado “ProgPow” foi criado para isso**;**
  • Muir Glacier: Hard fork ocorrido no ano de 2020, necessário para implementar a bomba de dificuldade prevista para atualização anterior, mas devido a um erro inesperado não foi adicionado ao código. Antes da atualização, os blocos estavam sendo executados de forma mais lenta e travando a rede. Portanto, a ideia era fornecer mais tempo aos desenvolvedores do projeto para solucionar os problemas.
  • Berlin: Hard fork implementado em 15 de abril de 2021, focado em tornar a rede mais barata e mais rápida, reestruturando as taxas de transações;
  • Hard fork London: Atualização marcada pelo lançamento da EIP-1559, que reformula o mercado de taxas de transação da rede, modificando a recompensa dos mineradores e também promovendo mudanças na forma como os reembolsos de gás eram tratados. O foco da sua ativação é controlar a oferta monetária de novos Ethers e tornar o ativo deflacionário em um futuro próximo, diminuindo sua oferta no mercado.

Atualmente, o mercado aguarda a chegada do Merge, previsto para setembro deste ano. Esta atualização finalmente migrará a Ethereum para o Proof of Stake.

No EthCC, Conferência da Ethereum em Paris, Vitalik mencionou que a rede completou apenas 55% de seu roadmap e outras 4 atualizações virão nos próximos anos:

  • Surge: atualização responsável por aumentar a escalabilidade da rede, introduzindo o mecanismo de sharding, que permitirá dividi-las em pequenas partes;
  • Verge: uma evolução criptográfica que visa modificar o sistema conhecido como “Merkle Trees” para o modelo novo, o “Verkle Trees”. A principal diferença nessa atualização é a capacidade de melhorar os processos de transação, validando as informações na blockchain mais rapidamente;
  • Purge: apagará dados antigos da rede, tornando-a mais leve para os validadores a rodarem.
  • Splurge: aprimorar e integrar ainda mais as atualizações citadas acima e ter soluções confiáveis relacionadas à computação quântica, do ponto de vista de segurança, tornando-se resistente a esse tipo de ataque.

Ainda sem datas definidas, todas as atualizações serão fundamentais para a Ethereum conseguir acompanhar as tendências do mercado e estabelecer-se como infraestrutura do mercado cripto.

E você, qual sua opinião sobre a Ethereum e seu crescimentos nos últimos anos? Gosta dela ou utilizada outras chains?

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Autor: guiriba, copywriter no LatAm Labs da ShapeShift, pesquisador e degen. Escreve, a priori, sobre DeFi, NFTs e DAOs.

Esse artigo não é um conselho de investimento , mas apenas um boletim informativo com conteúdo estritamente educacional e não é um ou uma solicitação para comprar ou vender quaisquer ativos.

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