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GPS 38.709411197642794, -9.228167364231243
A população do bairro inserido na União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo esperou 13 anos pela obra.
A primeira pedra do templo, que será dedicado à Santíssima Trindade, foi lançada a 1 de Junho de 2002. Os trabalhos demoraram a arrancar, primeiro construiu-se o centro pastoral (em funcionamento desde 2008) e a igreja foi ganhando forma mas as obras pararam em 2010, com a torre em esqueleto, e só foram acabadas em 2015.
Parte do atraso deveu-se a um desentendimento entre a Fábrica da Igreja Paroquial do Cristo Rei de Algés, dona da obra, e o autor do projecto, o arquitecto Troufa Real, desentenderam-se. Em 2011, o projectista queixou-se das alterações ao projecto, feitas alegadamente sem o seu consentimento.
Em 2011, o pároco Daniel Henriques admitiu que quis tornar a obra mais leve e mais barata mas negou que isso tenha comprometido a segurança do imóvel.
A Câmara de Oeiras, que cedeu o terreno de 2600 metros quadrados situado junto ao Dolce Vita de Miraflores e pagou um terço da obra (no total foram gastos 3,1 milhões de euros).
Segundo a descrição de Troufa Real, a “igreja-foguetão” baseia-se no "infinito como horizonte do Homem”. Daí que a torre sineira (ainda sem o sino instalado) atinja os 30 metros de altura. A cobertura em vidro transparente permite a entrada de luz natural na nave, um espaço em circunferência, de paredes curvas, com capacidade para 400 pessoas.
Na parede atrás do altar, todo ele em mármore branco imaculado, existe um vitral em vários tons de azul. São vidros lisos e simples, sem os tradicionais desenhos que evocam cenas da Bíblia. Entre o altar e o vitral foi colocado um painel inspirado na obra do pintor russo Andrei Rublev, que representa as três personagens divinas - Pai, Filho e Espírito Santo - às quais o templo será dedicado esta tarde. A cerimónia foi conduzida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.